No dia 16 de março, a Escola Paineira foi ponto de encontro para um bate-papo com o economista e diretor do Instituto Elo, Marco Bertalot sobre Economia Associativa à luz da Antroposofia.
Marco veio de Botucatu, São Paulo, para participar do IV Fórum Social Antroposófico em Matias Barbosa e esteve na escola por iniciativa do Conselho de Pais e da Teia Mineira de Sustentabilidade.
A conversa teve início com um breve relato de Marco sobre a experiência do Instituto Elo. “Nossa primeira atividade foi com o curso de Agricultura Biodinâmica, afinal, a primeira atividade econômica da humanidade foi a agricultura”. O curso tem como base a obra de Rudolf Steiner sobre o tema. Em cima disso, trabalha-se a troca de experiências e a construção de novas ideias. O curso, realizado em parceria com a Universidade de Uberaba e a Associação Biodinâmica, já completou sua 56ª turma, capacitando mais de 1.800 pessoas.
Outra iniciativa trazida pelo economista é a experiência com a Escola Waldorf Aitiara, onde surgiu a Rede Chão e Gente. Em linhas gerais, Marco Bertalot explica que o projeto visa formar uma rede de parceiros no comércio local. A cada compra feita em estabelecimentos credenciados, 3% são destinados à escola. Este é um exemplo prático de economia criativa, ou associativa que teve ótima aceitação e vem trazendo resultados interessantes para a comunidade escolar. “Acreditamos que construir experiências associativas ligadas à economia junto às escolas waldorf seja um caminho muito promissor. A experiência do Chão e Gente já conta com 17 estabelecimentos cadastrados e que foram cooptados por pais e professores”.
O economista lembrou que estamos em um planeta com recursos limitados e que é preciso a mudança de atitudes que nos permitam alternativas de sobrevivência. “A economia hoje é o que nos liga a todos como organismo social. No entanto, não existe uma teoria econômica que se baseie na ideia de um corpo econômico único, que é o Planeta Terra. É preciso pensar em formas alternativas de economia que incluam o ser humano e não o exclua, como os modelos que temos vivenciado. É preciso pensar a economia, não como algo degradante que deva ser evitado, mas um caminho de conhecimento e prática que nos permita promover uma sociedade construída na cooperação”.
Colaboração: Malu Machado, jornalista, mãe da escola Paineira.
Instituto Elo – www.grupoelo.org.br
Escola Waldorf Aitiara - www.aitiara.org.br
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